Busca aos guerrilheiros mortos recomeça no Araguaia
O Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT), do governo federal, reiniciou neste sábado o trabalho de procura dos restos mortais de pessoas desaparecidas na Guerrilha do Araguaia. Em atividade desde 2009, o grupo enviou, no início deste mês, integrantes de sua Equipe de Entrevistas e Contextualização dos Fatos (ouvidoria) para as regiões do sudeste do Pará e norte de Tocantins.
As entrevistas serão realizadas com pessoas da região que vivenciaram o período da guerrilha e que podem ter alguma informação que leve ao local de sepultamento dos desaparecidos. Segundo o Ministério da Defesa, essas entrevistas são importantes para orientar os trabalhos de exploração de campo que terão início ainda este ano após o término da estação chuvosa na região.
Paralelo a esses trabalhos, os peritos do Instituto de Medicina Legal do Distrito Federal (IML-DF) e da Polícia Federal (PF) analisam os restos mortais já trasladados para Brasília, buscando identificar se são ou não de desaparecidos do Araguaia. O material sob análise está guardado no Hospital Universitário de Brasília, administrado pela universidade.
Regiões investigadas
Em 2011, o grupo vai fazer buscas nas regiões de Pimenteira, Castanhal de Zé Alexandre, Oito Barracas, fazenda Pai e Filho, cemitério de Xambioá e Cemitério de Marabá. Essas áreas estão situadas nos municípios paraenses de Marabá, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, e na cidade de Xambioá (TO).
A previsão de retorno para os trabalhos de exploração de campo (equipe técnica – Geologia e Antropologia), bem como dos demais integrantes do Grupo de Trabalho está prevista para o maio de 2011. O grupo de trabalho foi criado pelo Ministério da Defesa por meio da Portaria Nº 567/MD, de 29 de abril de 2009, com o objetivo de dar cumprimento à sentença proferida na Ação nº 82.00.24682-5, da 1ª Vara Federal de Brasília.
Essa ação determinou que a União deve tentar encontrar os restos mortais dos familiares e militares mortos na Guerrilha do Araguaia, episódio ocorrido há cerca de 40 anos na região. Também determinou que deve ser realizado ao traslado das ossadas e ao sepultamento dos restos mortais em local a ser indicado pelos familiares.
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