domingo, 24 de abril de 2011

imprimir enviar por e.mail voltar Militares exigem fim de novela sobre ditadura


Cláudia Souza*12/4/2011

O site PeticaoPublica.com.br, que disponibiliza um serviço online gratuito para abaixo-assinados(petição pública), está alojando petição postada pela comunidade Documento Ditadura em apoio à transmissão da novela “Amor e Revolução”, do SBT, que aborda o período da ditadura militar no Brasil(1964-1985).
 
O documento é endereçado ao Ministro das Comunicações Paulo Bernardo, em repúdio ao abaixo-assinado de autoria de José Della Vecchia, membro da Diretoria da Associação da Associação Beneficente dos Militares Inativos da Aeronáutica (ABMIGAer), encaminhado ao Ministério Público Federal, contra a exibição da novela, que estreou no último dia 5, e mostra cenas de tortura e de perseguição aos militantes políticos da época.
 
O documento, que já reúne mais de 300 assinaturas, tem o seguinte teor:
 
”Diante de o Governo Federal através da Comissão da Verdade, recém criada, estar, como tudo indica, participando do acordo em exibir a novela "Amor e Revolução" no SBT (trata de um acordo firmado com o empresário Silvio Santos, visando o sanemanento do “Banco Panamericano” do próprio empresário, envolvido em escândalo no sistema financeiro nacional). sendo assim, o efetivo da Forças Armadas, tanto da ativa como inativos e pensionistas, vêm respeitosamente através desse abaixo assinado, como um instrumento democrático, solicitar do digno Ministério Público Federal, representado acima, providências em defesa da normalidade constitucional, vista o cumprimento da lei de anistia existente, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal. Nestes termos pede deferimento em caráter urgentíssimo”.
 
Para Elizabeth Silveira Silva, integrante da Diretoria do Grupo Tortura Nunca Mais, ações como esta demonstram a tentativa de impedir a busca pela verdade deste período da história nacional:
—Na realidade eles não querem que tenha divulgação de nada. Assim como eles não abrem os arquivos, exatamente para que essa história não seja contada, eles ficam tentando que essa história verdadeira não venha a público. Mesmo que seja uma novela, que não é um documento, mas apenas um folhetim que aborda essa questão.
 
O autor da novela, Tiago Santiago, afirmou que não vai mudar a história em favor de “criminosos, torturadores e assassinos”:
—Achei uma iniciativa despropositada que interessa apenas aos criminosos, torturadores e assassinos que violaram as Convenções de Genebra nos chamados anos de chumbo da ditadura militar. A novela é respeitosa com as Forças Armadas, mostrando herói militar e oficiais democratas, a favor da legalidade. Em diversos trechos da novela, há menções favoráveis a militares, evidenciando que nem todos participaram do golpe e da violenta repressão à oposição.

*Com informações da Radioagência NP, e do site Na Telinha.
 
Fonte: Site da ABI

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ney Ortiz, 47 anos depois do golpe: "Jango ia mudar o Brasil" (por Osvaldo Maneschy)

MAPI organiza debate sobre o 47° aniversário do golpe militar de 1964




 
“Não me arrependo de nada do que fiz e se tivesse que fazer tudo de novo pelo Brasil e pelo Presidente João Goulart, eu faria”, afirmou o ex-deputado gaúcho Ney Ortiz Borges, 87 anos, vice-líder do Governo João Goulart no Congresso Nacional, cassado e perseguido pelo golpe militar de 1964, em palestra nesta sexta-feira (31/3) na sede nacional da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, no Centro do Rio, promovida pelo Movimento de Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT (MAPI).  (Ney Ortiz (D) com Christopher Goulart (E), neto de Jango)
“Jango queria transformar as estruturas sociais do Brasil com as reformas de base, objetivo que perseguiu de todas as maneiras”, relatou Ortiz Borges, acrescentando que, a pedido dele,  viajou por todo o país -  pregando essas reformas.  Sobre o período conturbado disse ainda que se não tivesse ocorrido o golpe, hoje o Brasil já seria a maior potência do planeta.  “O golpe de 64 destruiu aquele projeto fantástico”, frisou.
HERANÇA
Emocionado, Ney Ortiz Borges passou às mãos de Maria José Latgé, presidente do MAPI, cópia de documento que lhe foi entregue pessoalmente, em 1964, pelo Presidente João Goulart, contendo uma síntese de 12 páginas do projeto das Reformas de Base, muito maior e extenso. Explicou que para ele é fundamental que “o projeto que pretendia passar o Brasil a limpo” seja conhecido pelas novas gerações. “Infelizmente não tivemos a alegria de implantá-las para melhorar a vida das pessoas porque veio o golpe, mas as reformas de base são atualíssimas e não podemos esquecê-las”, destacou.
Citou como exemplo a reforma agrária. “Jango, no Comício da Central, chegou a anunciar que desapropriara  as áreas contíguas às rodovias federais, dos dois lados, para assentar nelas trabalhadores rurais sem terra”, lembrou.
Ortiz Borges relatou que em 2001, a pedido do então presidente do PDT gaúcho, Matheus Schmidt, falecido ano passado, fez um levantamento de todas as realizações do Governo João Goulart.
Citou entre elas a criação da Eletrobrás, da Embratel; das usinas siderúrgicas Usiminas, Cosipa e Ferro e Aço de Vitória – que na sua opinião revolucionaram o setor; a criação das aposentadorias especiais para celetistas; a promulgação da Lei do 13° salário; o aperfeiçoamento da Lei da Remessa de Lucros; o fortalecimento da aplicação das Leis Trabalhistas de  Getúlio; e a mobilização nacional pelas reformas de base: a agrária, a urbana, a educacional, a fiscal, a bancária e a administrativa.  “O Governo de João Goulart caiu por causa disso”, garantiu.
Signatário da Carta de Lisboa de 1979, Ney Ortiz Borges participou do movimento para reorganizar PTB e depois o PDT, quando o TSE tirou a sigla de Brizola e a entregou a Yvete Vargas.  Ortiz Borges também passou às mãos de Maria José Latgé um papel amarelado pelo tempo contendo a lista dos componentes originais da 114ª. Zona Eleitoral de Porto Alegre, que organizou e presidiu a partir de 1981, que tinha na 11ª. posição, entre os fundadores, Dilma Roussef - atual presidente do Brasil.
Além do ex-parlamentar, o ato organizado pelo MAPI para recordar as lições que ficaram após os 47 anos do golpe militar, também contou com depoimentos de Trajano Ribeiro, primeiro palestrante;  Eduardo Chuahy, Capitão do Exército e oficial de Gabinete de Jango, na época; Eduardo Costa, ex-secretário de Saúde de Brizola, e líder da UNE em 1964; Leonel Brizola Neto, Vereador no Rio de Janeiro e o jornalista e escritor José Augusto Ribeiro, além do Vereador Jorge Mariola, de São Gonçalo, e do presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, seção Rio de janeiro .
Trajano Ribeiro, também signatário da Carta de Lisboa, como Ney Ortiz, fez um relato sobre os antecedentes e a movimentação política que levou a deflagração do golpe militar de 64, do ponto de vista histórico, e as suas conseqüências  e implicações – detendo-se na trajetória política de João Goulart, o herdeiro político de Getúlio Vargas, do início de sua carreira política até ser deposto e, posteriormente, ser vítima da Operação Condor segundo relato de um agente da repressão preso no Uruguai.  Segundo Trajano, Jango foi morto por ordem da CIA.
No episódio da morte de Jango, Eduardo Costa pediu a palavra e lembrou que João Vicente Goulart, que não pode acompanhar o sepultamento do pai em São Borja, por estar no exterior; uma semana depois, em Porto Alegre, quase foi vítima da repressão ao final da missa de 7° dia do pai, quando cavalarianos da Brigada Militar receberam ordens de dissolver a multidão que saía da missa e João Vicente, na época ainda criança, quase foi atropelado pelos cavalos.
João Vicente Goulart foi o grande ausente da reunião, por não ter tido condições de se deslocar de Brasília, onde vive atualmente, para o Rio de Janeiro.
O Vereador Leonel Brizola Neto (PDT), outro orador,  fez questão de assinalar que ouvindo Ney, Trajano Ribeiro,  Eduardo Costa e Chuahy sentia a importância e o peso histórico da legenda do PDT.  “Sinto-me honrado de estar aqui, participando de tudo isto, ouvindo essas pessoas darem os seus depoimentos e lamento que não tenha aqui ninguém da direção nacional. Acho que precisamos discutir os rumos do PDT porque precisamos, mais do que nunca, retomar o fio da História”, disse.
Leonel Brizola Neto disse que não poderia deixar de lembrar, naquela reunião, a história de seu outro avô, Carlos Daudt, pai de sua mãe Nereida, oficial da Força Aérea Brasileira que, servindo na base aérea de Canoas, no episódio da Legalidade, não atendeu à ordem dos golpistas de bombardear o Palácio Piratini, onde estava Brizola e por isso foi perseguido.
 “Meu avô, por sua atitude patriótica em 61, foi preso e torturado em 1964 e proibido de fazer o que mais gostava na vida, voar”. Brizola Neto lembrou também que o seu avô, de rígida formação militar, acabou morrendo de Alzheimer depois de uma vida dificil.  “Meu avô sofreu muito e lembro que ele nunca conseguiu externar com palavras as torturas que sofreu porque ficava muito emocionado e se calava”, relatou Brizola Neto.
Até por conta do peso histórico das pessoas que militam no PDT, acrescentou o Vereador, o PDT não pode ter lideranças burocráticas e tem que estar permanentemente voltado para as suas bases, a sua história e a sua militância.
“Estou na política por causa dessa história de lutas”, confessou Leonel Brizola Neto.
A reunião, que começou às cinco da tarde, só terminou às nove da noite após vários dos presentes se manifestarem. Entre os presentes estava o ex-deputado Feliciano Araújo, um dos fundadores da Ala Moça do antigo PTB, onde desempenhou o cargo de Secretário Geral, enquanto Ney Ortiz Borges ocupava a presidência.
No debate, entre outros pontos, foram discutidas políticas públicas para as áreas da educação,  de segurança pública e da Juventude. Chuay e Eduardo Costa fizeram relatos sobre as relações do Governo Goulart com os estudantes, repassando episódios ocorridos, falando do peso que as organizações estudantis tinham na época, no âmbito do governo central. A participação do PDT no governo de Sérgio Cabral também foi abordada, como também a questão da Educação em horário integral.
Antes do término da reunião, Maria José Latgé apresentou aos presentes o N° 1 das “Cartilhas Trabalhistas” editadas pelo Mapi, esta sobre o Governo João Goulart, editada pela Nitpress,  com texto do jornalista José Augusto Ribeiro e vendida a R$ 5,00; e anunciou para junho o lançamento da Cartilha ° 2, sobre Leonel Brizola

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bolsonaro defende a tortura e os torturadores

  1. Altamiro Borges

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  5. Veja 12/1/2000

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  6. REVISTA SOS DIREITOS HUMANOS: BOLSONARO DEFENDE A TORTURA E O ...

    20 fev. 2010 ... A razão é que no dia 14.2.2000, Jair Bolsonaro em entrevista à repórter Cláudia Carneiro, da "IstoÉ Gente", declarou que defende a tortura ...
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    8 ago. 2008 ... “O grande erro foi ter torturado e não matado”. Essa frase dita pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) durante bate-boca com manifestantes do ...
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  8. Bolsonaro esclarece em entrevista o que realmente ocorreu no CQC e ...

    Bolsonaro: Meu filho não namoraria Preta Gil por causa do comportamento dela .... Por que o PT, que fala tanto em Comissão da Verdade e Tortura, ...
    blogdaunr.blogspot.com/.../bolsonaro-esclarece-em-entrevista-o-que.html
  9. Vídeos para bolsonaro e a tortura

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    Bolsonaro - Tarso Genro ea Tortura    
    4 min - 24 abr. 2010
    Vídeo enviado por regimemilitar64

    youtube.com
    Bolsonaro defende tortura    
    25 seg - 23 mar. 2010
    dailymotion.virgilio.it
  10. Pronunciamentos - www.bolsonaro.com.br

    Tarso Genro e a Tortura Brasília, 25 de novembro de 2008 .... Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Dificuldades Salariais do Militares. ...
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  11. Abaixo-assinado Quebra de decoro parlamentar Dep Federal Jair ...

    Assim sendo, o deputado federal Jair Bolsonaro, quebrou o decoro parlamentar, cometeu o crime de racismo, fez apologia ao crime de tortura e cometeu ...
    www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=FORAJAIR